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Os melhores momentos da comédia na televisão portuguesa, passam pela Britcom aos Domingos à noite, na RTP 2. Já é assim há muito tempo. Eu lembro-me da Britcom desde a adolescência. Os comediantes estão para a Inglaterra como os jogadores de futebol estão para o Brasil. Parece que nascem das árvores. E sempre com um sentido de humor brilhante, inteligente, negro, sarcástico, sem pudor, descomprometido, non-sense. Os comediantes são muito bons actores, o que faz um texto que por si só tem imensa piada, ser algo hilariante.

A Katy Brand é uma mulher inteligente, com imensa piada. É uma excelente imitadora, Amy Whinehouse, Leona Lewis, Lily Allen, etc. Imita montanhas de cantores. Faz-me lembrar a Catherine Tate nas coisas parvas que faz. O programa dela têm sketches como este, Jesus’ Girlfriend.

Eu penso nos Gato Fedorento, por exemplo, e acho-lhes muita graça, mas interrogo-me o que farão daqui para a frente. Repetirem-se é mau, isso perde a piada. O problema é que o público está à espera dessa fórmula que funcionou no passado. Acho que a qualidade do nosso humor, em Portugal, passa muito pela expectativa do público, e isso deve condicionar os comediantes. Já vi tipos a fazer coisas muito boas, e diferentes, mas não tiveram hipótese. O Aldo Lima, teve um programa de humor gestual na RTP 1, mas não teve sucesso, apesar de ter muita qualidade e piada. O Francisco Menezes é outro incompreendido da nossa praça.

Eu também gosto de séries americanas, há coisas muito boas, mas são uma versão muito “light” das séries inglesas, que captam melhor as subtilezas que compõe a comédia. Os estilos são diferentes, eu sei, mas se compararmos os remakes como o “The Office”, vemos bem as diferenças.  O Steven Carell tem piada, mas não como o Rick Gervais.

Ela aqui tem tanta razão…

Imagem daqui.