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O wikileaks é um repositório de informação onde desconhecemos as fontes que a forneceu e os critérios de selecção da mesma. Numa sociedade evoluída, na qual tenho de esperança de ainda viver, não seria preciso dizer mais nada. Bem como acerca do protagonismo pessoal do fundador desta organização.
Sinto-me muito mais seguro por saber que há pessoas capazes de obter informação que compromete a segurança dos cães infiéis, que somos nós. Antes de entregarem um manual de instruções a terroristas, deviam pensar que o fanatismo religioso e político de algumas zonas do globo é algo bem real.
Quem acabou de ler isto, deve estar a pensar que eu tenho um poster do Paulo Portas pendurado no quarto. Apenas acho que sonhar com utopias que não passam no teste do poder, não se comprometendo assim com das decisões entre vida e morte, não resolve os problemas, que alguns representantes dessas utopias, por demagogia ou inocência, teimam em não reconhecer . A prova disso é a contestação ao presidente dos EUA, achavam que ele ia com uma túnica branca fumar uns cacetes no meio da floresta com a malta?
Eu não estou de acordo com a forma de actuar dos EUA em muitas situações, nem com o envolvimento obscuro de grandes empresas na política, mas o apedrejamento na praça pública não resolve absolutamente nada, é mero populismo. O que fizeram os responsáveis do wikileaks para resolver as situações que denunciam, agora que têm um poder enorme sobre a opinião pública? Vão-se limitar a fazer espalhafato?
A elevação a herói do Julian Assange, revela a faceta maniqueísta típica de muita esquerda, que há muito perdeu o meu voto, um sector com uma ideologia com a qual me identifico, mas reconheço como inconsequente quando aplicada no mundo real, onde é preciso sujar mãos e tomar decisões difíceis.
Imagem daqui.